terça-feira, 27 de outubro de 2009

A FENATA e a política



Historicamente o Movimento Sindical desde o seu embrião na Europa esteve atrelado a ideologias que tinham como base as ideologias comunistas ou arnarquistas. Também aqui no Brasil essa infiltração dos militantes partidários de ideologias, de esquerda em especial, aconteceu na história dos sindicatos, e por diversas vezes não se sabe até onde falava a política do sindicato ou do partido.
Na história do Movimento Nacional dos Técnicos Agrícolas detectamos esse sinal de atrelamento da direção da Associação dos Técnicos Rurais do Rio Grande do Sul – ATR no Governo de Leonel Brizola na década de 1960, e o desfecho deste episódio foi a paralisação das atividades associativas diante do desmantelamento do Governo Gaúcho.
A Federação Nacional dos Técnicos Agrícolas – FENATA surge no Movimento Sindical com um perfil inovador em que em primeiro lugar estão as necessidades da categoria profissional dos técnicos agrícolas, e não a linha política dos partidos.
Desde a redemocratização do país assistimos a fundação e reconstrução de centrais, confederações, federações e sindicatos na sua grande maioria atrelados a partidos políticos de esquerda, ou de centro. Essas entidades partidarizadas são um braço do partido no cotidiano junto a outros movimento sociais, sendo que quando sua força chega ao poder, são estatizadas de imediato.
Nos últimos anos assistimos inúmeros dirigentes sindicais ocuparem cargos importantes no Governo e seu desempenho não atinge as necessidades da base que o representa, pois primeiro deve satisfação as negociações políticas que lhes possibilite continuar no poder.
Para a FENATA os sindicatos devem ser frente única que abrigue técnicos agrícolas de todas as orientações partidárias, pois cada partido quando põe em prática seu programa internaliza avanços na vida do povo.
Desta forma como somos cidadãos que vive a política no dia-a-dia não nos esquivamos da vida partidária, e utilizamos o parlamento e as estrutura governamental para lutas pelo engrandecimento da profissão e da agricultura brasileira.
Com esta visão política de independência de qualquer ideologia partidária a FENATA tem sobrevivido as crises do último período e mantido sua linha coerente com a história da categoria profissional.
Sabemos o momento certo de fazer unidade política, e também de recuar, tudo pelo bem do técnico agrícola, e nestes momentos as barreiras dos partidos são rompidas e as vitórias vêm como um efeito natural.
Não obstante, a priorização de alguns técnicos a entidades entranhas ao progresso de nossa profissão não acontecem somente aos partidos, mas a instituições corporativistas como o CONFEA/CREA.
Tal posição é visível entre os técnicos industriais que subordinados a este Conselho Profissional não ingressa em juízo contra anuidades e taxas que são cobradas indevidamente, pois a sua Federação e os Sindicatos mantém uma unidade atrasada que confere aos dirigentes algumas regalias, enquanto a base é relegada a segundo plano.
A posição de independência da FENATA está forjada no calor da história de vitórias para os técnicos agrícolas e se consolida a cada dia com o Ascenso da profissão.

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