terça-feira, 20 de outubro de 2009

Ser Técnico Agrícola


Nós os técnicos agrícolas potiguares acabamos de viver o II Encontro Estadual dos Técnicos Agrícolas do Rio Grande do Norte nos dias 16 e 17 de outubro, em Lagoa Nova-RN.
Foi um momento belo em que celebramos os 25 Anos do Movimento e homenageamos colegas que dedicaram suas vidas a nossa causa, sendo que o colega Severino Carlos já partiu para outro plano, mas deve estar torcendo por nós.
Notadamente a grande maioria dos técnicos agrícolas ainda não despertaram para a luta e não compreendem a importância do Sindicato na valorização profissional, e os constantes perigos que enfrentamos cotidianamente que ameaçam nossas atribuições profissionais.
O líder russo Leon Trotsky já dizia em 1938 que “Os sindicatos, mesmo os mais poderosos, não congregam mais de 20 a 25% da classe operária que, aliás, são suas camadas mais bem qualificadas e mais bem pagas. A maioria mais oprimida da classe operária só é levada à luta em momentos especiais, os de um excepcional ascenso do movimento operário”. (Programa de Transição)
Mas esse vácuo deixado pelos colegas pressupõe que nós devemos organizar os núcleos regionais em cada rincão do Estado pois de repente se articulam 5 de uma região, 7 de outro, e teremos nos encontros um número razoável de participantes.
Temos que compreender que alguns não irão aderir ao nosso projeto e não devemos gastar cartuchos com estes, mas cultivar a disposição dos colegas que compreendem a importância do Movimento e dele contribuem. Estes últimos devem gozar de todos os privilégios adquiridos do Sindicato, pois eles dão vida a organização.
Nosso encontro também mostrou que nosso modelo de sindicalismo anti-partidário está correto, e é possível conviver com todos os pensamentos políticos. Participaram do evento sindicalistas do PSTU e PSOL, um deputado estadual do PT, um vereador do PT e um Secretário de Estado do PC do B.
O velho Trostsky assim confirma nossa tese: “As tentativas sectárias de criar ou manter pequenos sindicatos "revolucionários", como uma segunda edição do partido, significam, de fato, a renúncia à luta pela direção da classe operária.” (Programa de Transição).
Paulatinamente estamos construindo nosso Movimento Potiguar, quando pensamos que caímos um degrau, subimos dois, cooptamos mais colegas valorosos para nossas fileiras e mantemos acesa a chama da nossa profissão.
Durante a preparação do Encontro tivemos contato com diversas autoridades do Governo que elogiou grandemente nossa organização, e isso confirma que mais importante que estrutura e dinheiro é a coragem de militar por uma causa.
Outros que vivem sob o manto do CONFEA/CREA seguem atacando violentamente o Movimento Nacional dos Técnicos Agrícolas pensando que irão provocar uma cisão na FENATA, mas pelo contrário, com sua visão pífia e oportunista acabam se afastando ainda mais da nossa causa.
Nós, continuaremos sob a bandeira da FENATA pois ela tem nos guiado as grande vitórias profissionais, nos fez andar de cabeça erguida como agentes capazes de implementar as tecnologias necessárias ao desenvolvimento rural do Brasil.
Enfim, o grande desafio nosso no próximo período é formarmos uma comunidade de técnicos agrícolas que tenham consciência da importância da unidade e lutem para que os técnicos agrícolas sejam valorizados a cada dia.
Cordialmente,
Téc. Agr. Gustavo José Barbosa

Nova Cruz, 20 de outubro de 2009

Um comentário:

  1. Parabens amigos, pelo trabalho forte e determinado, acompanho todas as informações postadas por voces... contem com os T.A.S de Pernambuco, estamos distantes em km, mais proximos pelo movimento. Parabens a todos os T.A.S!

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